
Foram 180 minutos e 90 mil pessoas. No sábado, a alucinada torcida do tricolor viu o time das laranjeiras com uma postura verdadeiramente de mandante. O poder de fogo de Conca, Emerson e Washington funcionou, e muito.
O camisa 9, por sinal, mostrou que está em casa no novo velho tricolor e foi logo marcando dois tentos a favor. Num deles, o coração guerreiro viu Dario Conca fazer bela jogada pela direita antes de deixá-lo na cara do gol. O Sheik vai tentando mostrar que trocou realmente de cores e marcou mais um, em dois jogos.
Muricy, com o tempo, mostra que tem o time sólido, potente e ciente do que ele considera ideal para ir longe no campeonato. Mais uma prova de que o Palmeiras foi um enrrosco e tanto em 2009. Casa arrumada com a Unimed e o chefão com jeito marrento lidera o campeonato.
No Domingo, o clássico dos milhões com repetição de muita coisa. A primeira delas é o ataque sem-ataque do Flamengo. Com Val-Baiano e Cristian Borja, o rubro-negro tentou, mas não passou bons momentos. O colombiano lembrou Obina.
Felipe, sob a justificativa de alguns vascaínos, estava sem ritmo. Deu uma caneta no segundo tempo e nada mais. Zé Roberto bem que tentou no início do jogo, mas ainda falta entrosamento.
Fernando Prass fez o torcedor cruzmaltino lembrar de Carlos Germano com a tripla defesa no ataque adversário, quase no fim do jogo.
Quase, porque no fim do jogo Flamenguistas e Vascaínos lembraram da mesma cena. 2001: falta na mesma posição, com o mesmo gringo. Ele bateu com a mesma curva, mas dessa vez ela não foi atrapalhar o sono da coruja e os vascaínos sustentaram a tese da mão trocada do Hélton que pegaria a falta.
Muitas lembranças e uma realidade: sem ataque e sem conjunto, Flamengo e Vasco deixaram escapar dois pontos e uma gigante moral.
