Hoje é um dia histórico para o torcedor botafoguense: o Botafogo de Futebol e Regatas volta a disputar uma partida válida pela taça Libertadores da América 18 anos depois. Não adianta argumentar que se trata da fase anterior a de grupos, pois a euforia dá um banho daqueles que só o futebol conhece.
Desde 1996, quando o glorioso fora campeão brasileiro, muita coisa mudou. Dentro do futebol e fora dele. O recuo ainda podia ser pego com as mãos, os acréscimos não eram mostrados a todos no estádio, existia "Golden Goal", a máquina do governo mudou de mãos, os Estados Unidos já viram as torres no chão e o primeiro presidente negro e tantas outras coisas.
Para eles, nem parece tanto tempo assim. Coincidentemente, na manhã do trabalho, tive a chance de me encontrar com dois botafoguenses no corredor. Ambos, certamente, eram muito crianças em 96. O sorriso no rosto e o alívio de "Ufa, chegou" estavam visíveis. Um deles bradou: "Seremos campeões." Disse que precisava voltar ao trabalho. Voltei, mas o entusiasmo dele me fez pensar o quanto tempo faz e como a diretoria deveria ter cuidado melhor desse time.
O que vai acontecer em Quito? Não sabemos. Tampouco na próxima semana. Mas essa semana mágica para o time de General Severiano não acontece faz tempo. Muito tempo!
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Um aluno relaxado
Há tempos faço uma comparação bastante prática, corriqueira na vida de milhares de milhões de pessoas e que, mesmo quem não fora constantemente assim, vez ou outra agiu dessa forma, para ilustrar a situação do Brasil diante dos mega-eventos esportivos. Trata-se de um aluno que tem duas provas na mesma semana.
Na dúvida entre se preparar para a primeira ou focar a segunda, quem nunca chegou mal preparado para, pelo menos, uma?
Pois é. O governo brasileiro aceitou o desafio. Copa do Mundo e Jogos Olímpicos em um intervalo de 2 anos. Inflamada pelo bom momento econômico pregado pelo mandatário e anestesiada pelo envolvimento patriota do brasileiro, a comitiva recebeu a matéria há 7 anos do teste. Sim! 7 anos!
No conjunto das disciplinas estava a construção de 12 estádios - embora seja simples, como outrora disse a sucessora -, a reforma de aeroportos, a construção de um trem-bala, infra-estrutura capaz de garantir uma mobilidade urbana à altura dos eventos. Fácil? Definitivamente não. Mas o assunto estava lá. Todos concordaram. E...
Quanto à copa, não é culpa dela a falta de educação - em todos os sentidos -, a precaridade de atendimento à saúde, a baixa qualidade de vida. Isso, na minha terra, chama-se falta de organização. Enumerar os não-cumprimentos do evento que poderia gerar um retorno financeiro pomposo, além de um legado sólido, é chover no molhado.
A comparação foi confirmada pelas imagens divulgadas na última semana. Pasmem! A quase 18 meses dos jogos olímpicos, o que vimos não foi nem um protótipo de um Centro Olímpico minimamente decente. O Brasil do crescimento, do baixo índice de desemprego, da propaganda da inclusão social na educação em horário nobre, parece ter se esquecido completamente da segunda prova. Quem usufruiu da Lagoa Rodrigo de Freitas disse não existir condições de se disputar uma prova por lá. Nem agora, tampouco nos jogos.
Você já foi assim? Ficou de recuperação? Mande um e-mail ao Palácio do Planalto. Não ficou? Envie o sufoco para o mesmo e-mail. Seu país pode estar se comportando como um aluno relaxado.
Na dúvida entre se preparar para a primeira ou focar a segunda, quem nunca chegou mal preparado para, pelo menos, uma?
Pois é. O governo brasileiro aceitou o desafio. Copa do Mundo e Jogos Olímpicos em um intervalo de 2 anos. Inflamada pelo bom momento econômico pregado pelo mandatário e anestesiada pelo envolvimento patriota do brasileiro, a comitiva recebeu a matéria há 7 anos do teste. Sim! 7 anos!
No conjunto das disciplinas estava a construção de 12 estádios - embora seja simples, como outrora disse a sucessora -, a reforma de aeroportos, a construção de um trem-bala, infra-estrutura capaz de garantir uma mobilidade urbana à altura dos eventos. Fácil? Definitivamente não. Mas o assunto estava lá. Todos concordaram. E...
Quanto à copa, não é culpa dela a falta de educação - em todos os sentidos -, a precaridade de atendimento à saúde, a baixa qualidade de vida. Isso, na minha terra, chama-se falta de organização. Enumerar os não-cumprimentos do evento que poderia gerar um retorno financeiro pomposo, além de um legado sólido, é chover no molhado.
A comparação foi confirmada pelas imagens divulgadas na última semana. Pasmem! A quase 18 meses dos jogos olímpicos, o que vimos não foi nem um protótipo de um Centro Olímpico minimamente decente. O Brasil do crescimento, do baixo índice de desemprego, da propaganda da inclusão social na educação em horário nobre, parece ter se esquecido completamente da segunda prova. Quem usufruiu da Lagoa Rodrigo de Freitas disse não existir condições de se disputar uma prova por lá. Nem agora, tampouco nos jogos.
Você já foi assim? Ficou de recuperação? Mande um e-mail ao Palácio do Planalto. Não ficou? Envie o sufoco para o mesmo e-mail. Seu país pode estar se comportando como um aluno relaxado.
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