10 de julho de 2013 já é uma das datas inesquecíveis para qualquer pessoa que admire o futebol mundial. O que aconteceu no Horto permite que todos esqueçam o que virá no Defensores del Chaco no primeiro dos jogos decisivos da Libertadores. Aliás, desde o jogo contra o Tijuana, a América parece ouvir um "uai" e ter gosto de pão de queijo.
A campanha do Galo é de cinema: tem cenas tranquilas, presentes em alguns dos jogos da primeira fase, tem espetáculo, nas duas vitórias sobre o Arsenal de Sarandi, tem aventura, na vitória sobre o São Paulo no Morumbi, mas tem drama. Muito drama!
Desde às quartas, o torcedor atleticano não sabe o que é administrar resultado, conversar durante o jogo, comer alguma coisa durante um dos tempos do jogo no estádio. O Horto é um calabouço cada vez mais imprevisível e, por duas vezes, quase que o dono dele caiu.
Aos 48, Victor. Aos 50, Guilherme. Entre eles? Vermelho de Réver, pausa para as Confederações, derrota na argentina, gol relâmpago, goleiro reconstruído... Ufa! No apagar das luzes (de novo), o Galo sobreviveu. Seria uma expressão mais que comum para descrever tudo o que se passou ontem, não fosse o súbito desligamento individual dos refletores. Mágico! Orquestral! No apagar das luzes, Cuca trouxe o time para o jogo outra vez, sabendo que tinha o tempo suficiente para cumprir a tarefa. Tempo para que as luzes voltassem também uma a uma. Errado? Não. É um jogo, e cada um usa as armas que tem.
O Galo tem agora a missão mais difícil de um roteiro: garantir um final feliz. Depois dessa trajetória, o torcedor precisa pegar o pão de queijo no forno e o café na mesa para acompanhar os dois últimos capítulos. Antes que a luz se apague outra vez!