quinta-feira, 17 de julho de 2014

Da beira ao caos após 45 dias: Salve-o se puder

Três zagueiros, dois destros, dois canhotos, um volante, um atacante de velocidade e o 9 típico. Elogios à forma de trabalhar, releases bonitos, treinos puxados. De longe, não parecia que o Flamengo de Ney Franco ocupava a 19ª posição. Tudo estava muito hospitaleiro, tranquilo, sereno para ser Flamengo. A Alemanha e suas cores não poderiam fazer milagres.

O jogo contra o Atlético Paranaense mostrou que faltou pólvora ao clube que faz de um copo cheio de água, um dilúvio, quando todos os flashes estavam na Holanda na Gávea. Mostrou também que fazer isso agora só tornará a situação ainda mais delicada.

Aos que postam a ridicularização da posição em que o time ocupa no campeonato em redes sociais, uma dica: Até a barba do treinador cresceu mais que o futebol do Flamengo nestes 45 dias. Treinador que, diga-se, converge todas as matérias e títulos à relação com a música de sua autoria. Inclusive este. Também pudera: são 3 empates e 3 derrotas nesta segunda passagem. Mas a culpa é dele?

O Flamengo entrou em campo evidenciando falta de qualidade técnica, que é quase uma doença crônica. Por mais que você trate, ela volta e pode piorar a situação. Piorou. De penúltimo para último. "Em 2007, estivemos perto disso", dirão os mais exaltados. Fábio Luciano e Roger - em boa forma - deram novo espírito ao clube, cabe lembrá-los.

A atuação de ontem não deixa sequer uma pequena impressão de que haverá reversão no quadro. O caos está muito além da beira. Talvez, Eduardo da Silva e Canteiros não sejam tão salvadores quanto o torcedor queira. Porque esperar, neles, a redenção pode significar o fundo.