Quando veio a notícia da demissão, ouvida durante o Linha de Passe na última segunda-feira, o primeiro nome à cabeça foi Cristóvão Borges. O baiano foi sondado pelo Grêmio, mas exigiu R$ 300 mil mensais e era questão de tempo para se aventurar no terceiro time carioca da carreira.
No primeiro, herdou a vaga de Ricardo Gomes - depois de um AVC sofrido durante um Flamengo x Vasco. Sob a desconfiança que paira sobre um interino, Cristóvão fez um trabalho equilibrado durante um ano. Parou em Cássio. Ainda assim, a passividade ainda não confirmava a postura de alguém à frente de um clube tradicional.
Antes de chegar ao segundo, parou na boa terra, a sua terra, para fazer um trabalho consistente no Bahia. A ponto de ser chamado nas Laranjeiras. E, se a imagem de interino o atrapalhou no Vasco, a relação Fluminense-Unimed o incomodou no Fluminense. Cristóvão ficou em segundo plano na guerra de vaidades dentro do clube, que ainda perdura. Pesa, ainda, como para todo o técnico, o relacionamento com Fred, o que não era tanto empecilho assim.
Agora, menos de dois meses depois da saída, tem o desafio de assumir o Flamengo. Nada de interino, muito menos de relação patrocinadora-clube, Cristóvão terá a chance de, em um clube grande, mostrar as caras e justificar a modernidade pela qual fora tão elogiado desde o primeiro trabalho.
Dentre as opções, o Flamengo buscou oxigênio no comando e nas finanças. Só o tempo se encarregará de mostrar o quanto a diretoria sabe ou não sabem nada de futebol, mas a aposta é válida. Sobretudo, quando o que se paga seja a resposta: Que Cristóvão vem aí?