Já se passaram mais de 24 horas da eliminação rubro-negra no campeonato carioca. E nenhum flamenguista pode dizer que seu time atuou de forma minimamente convincente durante os 180 minutos das semifinais do torneio estadual. Pelo contrário: um time moroso, estático, por vezes, imóvel.
Logo, a eliminação foi merecida. Foi? Teria sido se o adversário mostrasse maior superioridade técnica para ganhar o confronto. Teria sido se, desde o início do campeonato, não presenciássemos episódios desde a primeira rodada.
Reuniões aqui, atas ali, medidas arbitrais - e arbitrárias - acolá, o carioca 2015 nasceu sob suspeita e cresceu sem credibilidade. Que os erros são circunstanciais, isso "pertence ao futebol", como gosta de dizer o treinador rubro-negro, Vanderlei Luxemburgo. Entretanto, quando os erros se repetem em várias rodadas, contra diferentes clubes, a favor de um dos - o principal - aliados da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, a classificação fica manchada.
Embora o rubro-negro não tenha demonstrado um bom futebol, a falta de gols no Maracanã daria a classificação ao time da Gávea. Assim, o histórico do presidente cruzmaltino e a proximidade dele aos caciques do futebol estadual endossam a hipótese de que, sim, houve um favorecimento premeditado.
Cabe ao clube manter a postura "rebelde" que resultou no desrespeito, dentro e fora do ar, à instituição Flamengo e ao seu presidente, por parte do presidente Rubens Lopes. Aliás, a dupla Fla-Flu tem uma oportunidade histórica de fundar uma liga ao lado de outros clubes que já demonstraram interesse em seguir o mesmo caminho.
"Vencer, vencer, vencer" não está atrelado apenas aos resultados de campo, mas ao que é feito, principalmente bem feito, fora dele.