Sem primeiro tempo. Com compromissos inadiáveis com Deus e a igreja, rstou-me saber o resultado por telefone. " 1 a 1", disse o papito, com ar de preocupação, ao telefone. Chuva. Sem chances de chegar ao local do jogo, onde cada 90 minutos são de um jeito, liguei novamente. 5 minutos depois, "2 a 1"Flamengo! Mesmo assim, preocupação era sentida pelo telefone. "Será que está tão difícil"? Penso, de longe. Penso tanto que, ao conversar comigo, minha amiga percebeu que não estava ali, nem de corpo presente. Que aflição! Aproveitamos o intervalo pra ir em casa trocar de cadeira, já que a motorizada não pode tomar chuva. Trocada, partimos. Chuva. Achamos um lugar reservado aos deficientes - finalmente ninguém parou por lá - e a água caía. Chuva. No trajeto carro/restaurante, pensei que seria exatamente assim. Na raça, no coração, como tomar aquela chuva. Todo esforço seria feito. Começa o segundo tempo e, MEU DEUS! Que tensão. Não... Não era final, mas a nação encarou como se fosse. 45 minutos de chutão, marcação firme e algumas chances de gol. Tem que jogar como time pequeno às vezes. Sem vergonha nenhuma. Enquanto isso, mão cobrindo a boca, intacto, sem falar nada, sem reação nenhuma. Os olhos que viram o Hexa, viam, um ano depois, um time focado em não cair. O tempo não passava. Ou o operador eletrônico da Globosat era vascaíno! "Sai que é sua, Lomba!", mentalizava a cada bola cruzada. No calçadão, Guarani no ataque e um efusivo "Sai, zica!" que parece ter funcionado. Ela tinha que sair mesmo. Até o Zico já saiu. Marquinhos por Kleberson. Boa, professor! Ele vai segurar a bola lá na frente. Pet por Diogo,e alguém na minha frente reclama: Pet agora não! Queria quem o cara-pálida? Negueba? Na primeira bola, " Oh, o Pet, Oh o Pet" cantava o dono do bar, levando o sérvio. Deve ter faltado mais uma frase pro terceiro gol. " Se faz, é um busto na gávea", disse o outro rubro-negro a frente. É mesmo! 30 minutos de jogo, por aí, falta lateral pro Guarani. Pelo que ouvi, havia sido falha do Lomba no gol bugrino. Medo da nação. Baiano cruzou na cabeça de alguém na área e a bola passou muito perto pra nós e muito longe pra eles. Maldonado, Léo, Maldonado, Juan, Maldonado. De pé em pé, o Fla entendeu que o jogo era esse. Toca e deixa que o Greenwich cuida do resto. Sempre tem mais um frio. Renato erra o contra-ataque e tome cruzamento pra área. Falta no herói Angelim, que a pouco perdera a chance de ser, de novo, consagrado. Bola no Diego Maurício, o herói da vez. Proteção. Bola na lateral ofensiva. Chute pro alto. Levantou os braços - FINALMENTE. FESTA! COMEMORAÇÃO! ALÍVIO! A nação é gigante. Alguém duvida? Estamos imunes ao retrovirus segunda divisão porque sabemos que Ele nos mata, nos maltrata de emoção no coração! "Tenho tanta coisa pra fazer essa semana" " Agora o Flamengo ganhou, você fica mais animado!" Realmente, mãe sabe tudo!
Saudações Rubro-Negras ou Saudações, Rubro-Negros! Estamos onde sempre estivemos e estaremos!
Diego Maurício - DM aos twitteiros