sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Só Freud explica!


A campanha do Flamengo no campeonato brasileiro é um ensinamento humano. Não é espetacular, digna de aplausos e holofotes mil, mas traz algo que os psicólogos dizem ser o primeiro passo para o sucesso: reconhecer limitações próprias.
O professor (e psicólogo, quando lhe convém)Luxemburgo volta e meia dizia que o time estava em construção. E parecia mesmo!
Começo de temporada cheio de ego com Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho. Vencendo, mas não convencendo. Empatando uma aqui, outra ali, foi campeão invicto.
E, então, viu que o ego atrapalha. Aliás, o ego, a zaga e o ataque. Dependente da inexperiência dos marcadores e da ineficiência ofensiva, o Fla pós-título tropeçou no ceará.
Freios no bonde!
Reconhecer erros não significa corrigí-los, mas conviver com eles de forma que não se aprofundem, ou não te prejudiquem mais do que já te prejudicaram.
E assim, o Sigmund da Gávea trouxe Airton e Alex Silva. Resolveu? Não! Reconheceu? Sim!
Reconheceu que a zaga não vai ser experiente do dia pra noite e que é preciso jogar com a marcação no meio. Reconheceu, também, que, num esquema de um atacante, dois meias têm a obrigação de chegar na frente.
Ronaldinho reconheceu que estava fora do eixo quando foi vaiado contra o Botafogo. O time reconheceu que ele não é mais o melhor do mundo, mas pode ser o melhor do Brasil, por isso, bola nele. Luxa reconheceu que Angelim é mais zagueiro que todos os outros que já estavam.
Assim, reconhecendo suas limitações, o Fla tem uma campanha pra levantar o ego de qualquer torcedor. Até onde dura?
Só Freud explica!