terça-feira, 8 de julho de 2014

O Massacre de 08 de Julho

Acabou. E que bom! Essa foi a sensação de todos que estavam torcendo, assistindo, se divertindo, analisando. Não importava muito o quanto cada um sabia de futebol se, no campo, o que se via era um rolo compressor em vermelho e preto. Que ironia!

Este post não tem e não terá clima. Talvez tenha clímax. Ou anticlímax. Eu não estava em 1950. Muitos de nós não estávamos. Não precisamos, porque vimos algo 7 vezes pior. Doeu! Dói!

Talvez por levar o que a maioria pensa ser um entretenimento a sério e analisar time a time, brincar de desenhar esquemas táticos, enfim, ser um PVC não sendo, muito menos tendo a pretensão.

Doeu porque numa dessas brincadeiras a sério parecia claro que era preciso entrar em campo como time pequeno. Como? Com três volantes e furando a bola para qualquer direção.

Evitaria a derrota? Muito provavelmente não. Evitaria a humilhação? Com certeza.

Resolvemos encarar a Alemanha de igual para igual sem termos um time a altura. 4 gols em 6 minutos. Vilão? Em campo? Hoje não. Se em 2010 o dedo apontava Júlio César e Felipe Melo, o mesmo dedo, hoje, não tem para quem apontar em campo.

Dói porque a esperança existia justamente por um técnico especialista em estratégias. Em uma tarde, ele não viu o seu craque e quis insistir no esquema.

Você, que quase não acompanha futebol, pode falar que o IDH da Alemanha é maior que o do Brasil, que a taxa de urbanismo, lixo no chão, obrigado, com licença e por favor são mais positivas que no Brasil. Você não sabe o que é o esporte. Porque a derrota dói, leva às lágrimas, espanta a impessoalidade, ressalta a impotência.

O Massacre de 08 de Julho será lembrado por um time que deixou espaço em campo. E um buraco no meu coração.

Peço desculpas por este não ser um texto normal, mas sim, um desabafo.

Até 2018, Copa! Foi muito bom tê-la aqui!