No flamengo é assim: tridimensional. Começa normal, vira eufórico e torna-se megalomaníaco, seja na fase de brilho maior ou brilho menor.
Deve ser muita mania de grandeza, porque se fosse outra coisa, o Fla entraria em campo como franco atirador depois de 8 partidas sem vitória. Mas não: entrará sem poder errar, pressionado por duas forças gravitacionais e uma nação de 35 milhões de habitantes, que, por sua vez, também estarão pressionados. É que só eles sabem o peso do dia seguinte.
Um não entende de futebol, mas sabe que o Flamengo não ganhou. O outro esqueceu de comprar pão ontem, mas sabe o resultado do rubro-negro para marcar seu nome como coadjuvante na arte de se divertir com o torcedor flamengo.
E assim, escutando de tricolores, viceínos e chorofoguenses escutam que o bonde anda de ré e que o time parou na esquina.
Tudo isso se multiuplica, se redimensiona, se tridimensiona, quando os papeis se invertem. A vila e o épico 5 a 4 respondem por qualquer mortal.
Nessa amplitude de ser Flamengo, é hora de deixar o profundo de lado e jogar na simplicidade. E o Clube de Regatas consegue?
Têm um malabarista e uma torcida exigente, que o quer ver em alto nível até 2014. Tem a mania de ser maior, ainda que a fase seja diferente. Sobretudo, tem a árdua, mas boa, tarefa de se ressurgir!
Isto é ser Flamengo!
Topa?
Que bom, porque só os capacitados assumem esta missão.