segunda-feira, 2 de julho de 2012
Eurospanha
Seis anos se passaram. O time que não ganhara nada até 2006, entrou em campo em busca de uma tríplice coroa e da afirmação em um cenário do futebol internacional de seleções.
Seis anos se passaram. Que amadurecimento. Os mais velhos, ou os com mais memória, devem se lembrar de que, da primeira vez, a Espanha não era tão encantadora assim e quebrou o pragmatismo alemão.
Veio o Barça, veio a África, veio o Mundo. A fúria, nem tão agressiva quanto a alcunha, colocou a bola no chão e os adversários na lona. "Ah, só vence por 1 a 0", disseram os desacostumados e os que não entendem o objetivo principal do esporte.
Veio, então, a Euro. Em crise como o continente, a competição esteve longe de qualquer glamour e a Espanha, longe de qualquer camisa 9. Fernando Torres parece ter entrado em um portal do esquecimento de se fazer boas atuações e gols. Llorente ainda é imaturo e pode freiar o ritmo do meio-campo. Negredo é só mais um.
Coube, então, a Vicente Del Bosque, a tarefa de copiar o Barça, tarefa nada difícil para um meio-campo com Busquets, Xavi e Iniesta. Ainda assim, o comandante foi questionado por dar a Fabregas o posto de "Falso 9", que há de se tornar uma nova posição no futebol.
Relutante, pouco mudou, quando preciso. Aos catalãos, juntaram-se Xabi Alonso e David Silva. Foi uma aula. Divertindo-se, a - agora sim - encantadora Espanha parece ter ganho a simpatia de uma espectadora privilegiada: a bola, a quem tratam com carinho único no mundo.
Esqueça a crise, esqueça o Euro e faça apostas. Até quando vai a hegemonia espanhola?
Diante de uma Itália renascida por Cesare Prandelli, a Espanha fez o seu jogo. E o seu jogo, só o Barcelona sabe fazer. E agora: quem imitou quem?
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