"A longo prazo, Luxa não tem rendido. Seria ele um bombeiro?". Há exatos 11 meses e dois dias, o blog resolveu listar prós e contras da contratação de Vanderlei Luxemburgo, demitido na noite desta segunda-feira, após reunião do Comitê de Gestão do Flamengo e o prognóstico se confirmou.
Deve ser discutida a decisão da diretoria rubro-negra, que deve completar nos próximos dias, 6 técnicos em 30 meses. Entretanto, o time de Vanderlei, encorpado e determinado a sair da tão falada zona da confusão, não apresentou padrão de jogo algum nos quase 30 jogos apresentados até então.
Ninguém discute a capacidade de Luxa, mas condenar a decisão é o mesmo que exigir um exercício de futurologia. Mantém o técnico com um time do qual ele já parecia não conseguir total rendimento, ou demite na 3ª rodada para oxigenar o grupo? Como o "pofexô" gosta de ressaltar nas coletivas, "Isso pertence ao futebol."
O todo-poderoso Real Madrid fez o mesmo exercício de demissão horas antes, consta-se, com o time eliminado na semi-final da principal competição do mundo e apenas há dois pontos do Campeonato Espanhol. Com o agravante de ter sido campeão com o mesmo Carlo Ancelotti na última temporada. "Pertence ao futebol?"
É cada vez mais difícil, sobretudo no futebol brasileiro, traçar a tão ideal filosofia de jogo. Não seria arriscado dizer que ela representa a contra-cultura do esporte mais apaixonante por aqui, mas não está muito longe de quem trata o futebol como negócio - e bem-sucedido.
Luxa, panoramas a parte, rotula-se, cada vez mais, como um técnico a curto prazo e a longo preço. O Flamengo deve muito a ele nesta quarta passagem. Mesmo que desta vez não estejamos falando sobre multa rescisória.
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