terça-feira, 8 de maio de 2012
O paradoxal império de Abramovich
Desde que o futebol se sujeitou aos mandatários do dinheiro, no início da década 2000, Roman Abramovich
ocupa o papel de protagonista na terra da rainha. Com o cofre abarrotado de notas petrolíferas, o russo assumiu a administração do Chelsea com um sonho: retomar os rumos do time de Londres.
E ele não poupou esforços e investimentos para tanto. Logo na primeira temporada, trouxe o então campeão da Liga dos Campeões José Mourinho, o artilheiro desconhecido Didier Drogba e o meio-campo Frank Lampard, destaque do Aston Villa.
Logo na primeira temporada, em 2004, campeão inglês, desbancando o hegemônico United. Primeiro passo dado, o russo passou a tratar como obsessão o torneio europeu. Em 2005, a história se repetiu, e os blues levantaram a taça da terra da rainha, mas repetiu o fracasso na competição continental.
Com a saída do português para a Inter de Milão, o poderoso-chefão ensaiava um time de galáticos com Balack, Deco e Shevchenko. O israelense Avrant Graham, então, levou o time à final do torneio dos sonhos de Roman, mas escorregou no pênalti do capitão Jonh Terry.
Depois de Graham, veio Scolari e a indisposição dos medalhões. Cifrado, o brasileiro saiu para dar lugar a Guus Hiddink. O holandês, que prezava da amizade do magnata e do elenco, optou por não renovar o contrato e só reergueu o ânimo azul.
Já na década de 2010, o russo não pensou duas vezes quando viu no condado português um jovem treinador que levara o time do Porto ao título nacional com incontestáveis 27 vitórias e 3 empates. Desembolsando 300 milhões de reais para trazê-lo, Abramovic mais uma vez apostava em um patrício para recuperar a hegemonia nacional e conquistar a europa.
Muita expectativa, poucos resultados. André Vilas Boas também não foi bem aceito pelo grupo e deixou Stamford Bridge no meio do caminho.
Assumidos pelo auxiliar técnico e ex-jogador Andrea Di Matteo, Drogba, Lampard, Terry e companhia pareciam dispostos a se reanimar na temporada e, de coadjuvantes na Inglaterra, passaram a protagonistas no Camp Nou e chegam à segunda oportunidade de conquistar o sonho do proprietário.
O curioso é que, nas duas vezes, os azuis de Londres viram interinos, com salários nada atmosféricos, levarem o clube às decisões.
O russo deve se perguntar até que ponto valem as cifras para o gestor de um elenco chefiado por medalhões trazidos por ele e vê, em oito anos de clube, um investimento com retorno a médio prazo para realizar um sonho antigo, comprovando as rédias eonômicas do futebol moderno, justamente em um momento modesto.
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