segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Além do legal ou do justo

A 39ª rodada começa logo mais. Ninguém a esperava e ela reservou, ao longo desses dias, um debate dos mais recorrentes do campo jurídico. O que é mais correto: o legal ou o moral?
À letra da lei, a Portuguesa deve ser punida conforme a sanção prevista pelo CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva). Contudo, parece mais do que reiterado que o futebol transcende a frieza do tribunal. Que o time paulista teve representante no julgamento do meia Héverton e, com isso, estava notificada é certo. Entretanto, a motivação do erro pode ser só uma invenção deste autor, mas soou estranha a seguinte declaração do advogado da Lusa, Sr. Osvaldo Sestário, quando perguntado sobre a postura da diretoria em relação ao caso, no Canal Esporte Interativo no último sábado: "Tenho uma relação ótima com o Sr. Manuel da Lupa e me parece que quem está questionando nosso trabalho é a equipe do presidente eleito, por isso, prefiro não entrar no mérito".
A declaração, é bem verdade, não fora mais explorada, mas traz um caráter político interno questionável. A atual gestão não estaria se importando com os procedimentos tomados no caso por estar de saída do clube ao fim deste ano? O advogado defende os interesses do clube ou dos gestores que lá estão?
Outro ponto interessante é a forma como ele se dirige à pessoa que o acompanhava no momento do julgamento. Ou melhor, as formas. À ESPN Brasil, deixou escapar que estava acompanhado de uma estagiária, responsável pelo arquivamento dos dados de cada julgamento. Ao Esporte Interativo, foi claro ao dizer que sua companheira no tribunal era sua secretária. Irrelevante? Parece. A incompetência é mais evidente na primeira situação, dada a proporção que o fato tomou. 
O time do Canindé pode ser rebaixado logo mais por motivos que transcendem a legalidade ou a moralidade e podem estar ali mesmo: dentro da sede de um clube que tem o sobrenome de Desportos.


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