quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Pep e seu ensinamento sociológico

Reformular opiniões, verificar conceitos e rever posições são atributos louváveis em qualquer ser humano. Eu os possuo e agradeço a Deus por isso.Tudo muito sociológico para um blog de futebol, sobretudo em tempos que o esporte tem se tornado mais jurídico que qualquer outra coisa.

Mas foi isso que me aconteceu desde 2010 e teve fim nesta terça-feira, 18/12/2013. Teimosamente, diga-se de passagem. O alvo era Pep Guardiola e o superbarça. Incontestáveis naquele ano. Será que no plural? Para mim, não. O time catalão trazia consigo a mesma base por 2 anos - quase 3 - e já se conhecia dentro de campo. Nada mais natural que trabalharem a bola sistematicamente como vimos. O técnico, então, era um mero coadjuvante, como viera a ser Carpegiani em 1981, comandando a companhia de Zico.

Tudo era tão trabalhado no Barça que Pep Guardiola parecia apenas ser um espectador privilegiado, pensava este que o escreve. Até que o catalão assumiu o tão competente quanto, Bayern de Munique. O implicante aqui tinha como justificativa própria o fato de que era fácil assumir um time multicampeão. E é. O problema está na eficiência de se implantar o esquema de jogo de um time em outro. E Guardiola tem conseguido isso dia a dia.

Já não estou mais convencido de que era só o Barça que jogava pelas próprias pernas (habilidosíssimas, de Xavi, Messi e Iniesta). Os alemães jogam no mesmo ritmo, com toques curtos e aproximações em velocidade, cercam o adversário, atacam pressionando o tempo todo. É frenético o ritmo do atual campeão europeu.

Como eu entendi o mesmo esquema? Rafinha e Allabah ultrapassam os meias a todo momento. Phillip Lahm, veterano que é, cadencia um meio-campo com Kross (ora, Robben), Ribery, (ora Schweinsteiger) Tiago Alcântara e Müller (ora, Götze). Tudo sincronizado!
Alcântara parece ser a peça-chave dessa nova fase. Já está inteiramente habituado com o estilo do treinador. O catalão ainda mostrou mais uma qualidade que não tínhamos descoberto - e aí não por implicância, mas por falta de opções no Barcelona: abandonar o falso 9. Mandzukic é muito importante para a proposta de jogo do Bayern.

O romântico treinador, admirador explícito do futebol brasileiro e da seleção de 82, dá mostras mais que sociológicas de que reconhecer o trabalho de alguém e mudar de opinião não fazem mal a ninguém diante da constatação dos fatos. Aliás, muito pelo contrário.



Nota: Muito obrigado a você que ajudou este blog a atingir a marca de 2000 visualizações! Continue por aqui e comente na caixinha abaixo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário