A pergunta, frente aos múltiplos problemas orçamentários, infraestruturais e sociais aos quais nos deparamos era: Imagina na Copa?
Os capazes de vislumbrar 2014 sentenciavam que nada ia dar certo, que o caos estava estabelecido e que a Copa poderia fazer as suas malas e ir para a Alemanha, roteiro já conhecido e muito bem experimentado por ela.
Eles e nós - ou nós e eles - não nos lembramos de que o futebol ainda é a principal atração por meio da qual o charme, o romantismo, a magia e a concretude do torneio perduram.
Restam apenas dois jogos da primeira rodada. Nela, já tivemos gols contra, viradas acima da média, goleadas históricas, jogos acirrados, outros sonolentos.
O intercâmbio cultural relatado aos que acompanham de perto ultrapassa qualquer tentativa de mostrar a imagem da depredação e do protesto confundido com vandalismo. Vandalismo esse que pode ser comparado à cabeçada de Pepe em Müller.
Nosso país, de fato, está longe das condições que consideramos razoáveis para sermos considerados desenvolvidos, mas está envolvido, queiram imaginantes ou não, pela força da bola entre as nações. O dia dos namorados nunca foi tão romântico para este solteiro. Estavam ali a seleção, a bola, o rival, os de preto e dois gols. Imagina na copa! Ops! Era realidade!
Com melhor média de gols desde 1954, a conjuntura do esporte mais aclamado do mundo dá mostras de que aqui é a terra do gol. Pena que nigerianos e iranianos, juntos, não entenderam isso. Messi e o Maraca, sim!
Ainda relatando tardiamente alguns pensamentos e informações, custo a acreditar que daqui 20, 30, 40 anos - se assim me for permitido por Deus - vou poder contar, imaginando a copa: "Teve copa! E ela continuou pelos dias seguintes, até 13 de julho. Poderia ter sido pelos tantos outros que se seguiram."
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