Rio de Janeiro, 18 de junho de 2014. O maior estádio do mundo assistiu à queda do imponente futebol atual campeão do mundo. O toque de bola, a mobilidade, o domínio territorial pareciam inúteis, vis, desprezíveis.
Será?
Este que vos escreve foi para a casa relutando a acreditar que o domínio do olé, tão recorrente nas touradas, acabou nos gramados. A teimosia, resultante da 'não-crença', provocou o título deste post.
1557: D. Sebastião, cheio de vigor, passa a ter o direito de herdar o reino português. 2008: A Seleção Espanhola, carregada de potenciais, passa a ter o aval de comandar o futebol. Ambos são menores, ainda não tinham tanta maturidade para a missão as quais foram incumbidos. Mas cresceram.
Se o rei estava ávido em readquirir a glória passada em busca de 'terras infiéis', Xavi, Iniesta, Busquets, Puyol e David Villa almejavam conquistar um território já esquecido: O do futebol bem jogado, sonhado por todo aquele que um dia ocupara o posto mais alto dos campos.
Ambos muito bem sucedidos. Até Alcácer Quibir. Ah, o destino! Foi lá, na África, onde os espanhóis alcançaram o ápice, que o rei nunca mais voltou. Ou ainda pode voltar?
Foi lá, onde o futebol presenciou o ápice do futebol mundial, que os espanhóis conheceram a sua Quibir. Caíram! Caíram? Se a pergunta ecoa duvidosa no Brasil, imagine em Madri?
Certamente, os espanhóis estão convictos de que é uma fase e que poderão resgatar o posto de glória que atingiram, vencendo críticas ao toque de bola, à mobilidade, ao domínio territorial, que jamais poderão se repetir.
Hoje, o Sebastianismo, sim, provocou a anexação de Portugal à Espanha, diferentemente do que almejavam os portugueses com a alimentação messiânica do mito.
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