terça-feira, 4 de novembro de 2014

Conhecer limitações para desconhecer limites - Parte 2

       Se o Flamengo deu uma lição de auto-conhecimento dentro de campo na última quarta-feira, a tarefa para o jogo da volta exige erro zero. Já muito longe da confusão, segundo Vanderlei Luxemburgo, o autor da ideia, o time perdeu duas peças fundamentais para o esquema: Léo Moura e Gabriel.
     
       As perdas só atenuaram as limitações rubro-negras com falta de velocidade no contra-ataque e vulnerabilidade defensiva. Nesta quarta, Luxemburgo deve encontrar uma formação equilibrada e jogadores experientes para não atacar muito, sequer defender em demasia.

       O técnico do Flamengo mostrou-se muito seguro ao entender a prioridade do clube e evidenciar que a diferença técnica pode ser igualada com a disposição em campo. Mais que isso, o saco de cimento, que ele cogitou trocar por açúcar, pode concretar a classificação calando gradativamente a massa atleticana. É difícil acreditar que, caso Éverton e Gabriel não joguem, o Flamengo busque alternativas de velocidade. Nessa condição, a bola passa - e fica - com Canteros enquanto o time se organiza.

       As limitações, de fato, parecem ser maiores. Parecem, se o torcedor do Flamengo se lembrar de que um limite - o maior deles na temporada - foi transpassado no fim de semana, quando o time não tinha boa parte daqueles que terá no jogo da volta.

       Conhecer limitações para desconhecer limites lembra título de auto-ajuda. Que é bem diferente de auto-conhecimento. Essa trilogia existencial tem seu capítulo amanhã, quando Anderson Daronco apitar o fim de jogo. Ou antes: Basta lembrar o que o último rubro-negro fez quando visitou o Mineirão.      

Nenhum comentário:

Postar um comentário